Para quem é novato no mundo dos investimentos, como começar a investir seu dinheiro, pode parecer extremamente complexo.
Além do esforço em entender sobre a economia, há um mundo de siglas, taxas, e nomenclaturas que podem assustar o investidor iniciante.
Antes de buscar qual o melhor produto para aplicar o seu capital, é preciso dominar o conceito de investimento financeiro e toda metodologia envolvida para finalmente montar sua carteira de investimentos.
Vamos começar pela definição de investimento.
Investimento é qualquer aplicação de recurso visando retorno futuro.
Sendo assim, quando falamos de investimento financeiro, estamos nos referindo em aplicar capital para que ele produza rendimentos futuros.
No geral, as pessoas investem para ganhar mais dinheiro.
No Brasil, devido ao momento de crise na previdência, existe uma onda crescente de pessoas que estão começando a investir para garantir sua independência financeira.
Ou seja, acumular patrimônio suficiente para não precisar depender do governo.
Para Gustavo Cerbasi, escritor e uma das maiores referências em educação financeira no Brasil, independência financeira é:
“Conquistar a liberdade de fazer o que você gosta com a segurança de não perder isso no futuro”.
Se você quiser saber mais sobre Gustavo Cerbasi, vamos deixar abaixo um dos seus melhores livros para você ler, para você começar investir seu dinheiro.
Primeiro passo para começar investir seu dinheiro.
O primeiro passo para começar investir está justamente em identificar qual é o objetivo do investidor.
É definir metas de curto, médio e longo prazo para depois buscar aplicar o seu capital no produto financeiro com vencimento e rentabilidade que se encaixe no seu plano.
Por exemplo, se você investe pensando na sua aposentadoria, você está planejando uma meta de longo prazo.
Se você está pensando na viagem dos sonhos, ela pode se encaixar nas suas metas de médio prazo.
Não importa a finalidade, o importante é ter suas metas bem definidas.
Segundo passo para começar investir seu dinheiro.
O segundo passo, tão importante quanto, é ter um planejamento financeiro.
Ter total controle sobre sua situação financeira atual.
É saber exatamente sua renda e suas despesas.
É ter a certeza de que as entradas são maiores que as saídas.
E que sua renda é suficiente para pagar suas despesas.
Além disso guardar uma quantia para ser aplicada todos os meses.
Se você gasta mais do que ganha, ou se acha que sobra pouco para começar a investir, vale revisar seus hábitos financeiros, cortar gastos e economizar.
Gastar menos e ganhar mais.
O ideal é que você consiga dividir o seu orçamento em: necessidades de vida (despesas, custos fixos), lazer, investimento em educação e investimentos financeiros para curto e longo prazo.
Para te ajudar nessa etapa, preparamos uma planilha, que você pode baixar clicando no botão abaixo:
Depois de definir suas metas e dominar seu planejamento financeiro, o terceiro passo para começar a investir é abrir sua conta em uma corretora de valores independente.
É nesse ponto que ouvimos a seguintes perguntas:
“Por quê optar por corretora independente se posso aplicar pela corretora do meu banco? O banco não é mais seguro?”
As corretoras de valores independentes trabalham com diversas instituições.
E por isso disponibilizam uma diversidade de produtos muito maior do que o banco, e, na maioria das vezes, com rentabilidade melhor, visto que os bancos, em sua maioria, oferecem aos seus clientes apenas os seus próprios produtos.
As corretoras devem atender uma série de requisitos e práticas operacionais, para serem registradas como uma instituição financeira.
Você pode consultar o registro de uma corretora nos sites do Banco Central ou Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Com metas definidas, capital reservado e conta aberta na corretora, é hora de aprender sobre os tipos de investimentos disponíveis e identificar quais deles se encaixam no seu plano.
Passadas as etapas de organização e planejamento, chegou a hora do investidor iniciante conhecer os tipos de investimento disponíveis no mercado, para que ele possa montar sua carteira de acordo com os seus objetivos.
Os produtos financeiros basicamente se dividem em duas categorias: Renda Fixa e Renda Variável.
Renda Fixa
Diferente do que muitos investidores iniciantes acreditam, renda fixa não é o tipo de investimento que tem uma rentabilidade fixa todos os meses.
Os produtos de renda fixa possuem uma rentabilidade previsível.
Calma! Já vamos dar exemplos para ficar mais claro.
No Brasil, país com uma das taxas de juros mais altas do mundo, milhares de pessoas vão até os seus bancos para solicitarem empréstimo.
O banco que forneceu o dinheiro ao cliente, firma um contrato com prazo determinado.
E esse valor deve ser devolvido com juros estabelecidos acrescido.
Um investimento de renda fixa tem basicamente a mesma finalidade, mas quem fornece o dinheiro é o investidor e a instituição financeira é quem deve pagá-lo com acréscimo de juros, no prazo do vencimento.
A primeira subdivisão dentro dos produtos de renda fixa, é que o investidor pode optar por escolher um produto com juros Pré-Fixado ou Pós-Fixado.
Nos pré-fixados, os juros determinados são fixos, ou seja, você consegue saber qual será o valor da sua rentabilidade na data de vencimento.
Os pós-fixados são os produtos que tem sua rentabilidade calculada com base em algum índice, como por exemplo o CDI.
O CDI acompanha a taxa SELIC, que sofre oscilações e podem subir ou descer.
Ou seja, em uma aplicação que rende 102% do CDI, por exemplo, o investidor só saberá o valor da rentabilidade na data do vencimento.
Na segunda subdivisão separamos os títulos em Renda Fixa Privada e Renda Fixa Pública.
A Renda Fixa Privada são títulos emitidos por instituições financeiras privadas.
Enquanto a Renda Fixa Pública tem seus títulos emitidos pelo Governo.
A renda fixa pública mais famosa no Brasil é o Tesouro Direto.
Já na renda fixa privada temos como principais exemplos: CBD, LC, LCI, LCA, CRI e CRA.
Renda Variável
Diferente da renda fixa, são ativos financeiros com retornos não previsíveis.
São investimentos com alta volatilidade, tanto para cima quanto para baixo, o que pode trazer ao investidor grandes lucros ou grande prejuízos.
O risco alto oferece, em contrapartida, rentabilidades mais atrativas do que um ativo de renda fixa, por exemplo.
Por conta da volatilidade e risco, para investir em renda variável é necessário conhecimento sobre a empresa (ou ativo principal) e seu setor de atuação.
Além do conhecimento do cenário econômico e político.
Os principais investimentos de renda variável são: ações, fundo de ações, derivativos, fundos cambiais, fundos imobiliários, ETF’s, derivativos e opções.
E se você quer saber sobre o mercado de ações? Clique no botão abaixo.
Os fatores que guiarão o novo investidor na escolha de suas primeiras aplicações são a tolerância ao risco e o conhecimento no mercado de investimentos.
Geralmente, investidores novatos tem maior aversão ao risco, e preferem começar com a garantia e previsibilidade da renda fixa.
Conforme vão adquirindo experiência, passam a correr mais riscos em busca de rentabilidades um pouco mais atrativas.
Ter uma carteira diversificada desde o início, ajuda com que ele tenha rendimentos alinhados com o seu objetivo, tanto em rendimentos quanto em prazo de liquidez.
Precisamos falar de risco.
Quando planejamos fazer nossos investimentos, estamos buscando uma ferramenta para aumentar nosso capital.
Mas nem todos os investimentos nos rendem ganhos.
Por isso, precisamos entender quais sãos os riscos para podermos considerá-los na hora de montar a carteira de investimentos.
Os dois riscos básicos mais comuns são:
1- Risco de Liquidez – facilidade de comprar e vender a qualquer momento.
2- Risco de Mercado – Risco de oscilação do mercado.
Depois de organizar sua vida financeira, traçar seus objetivos, abrir sua conta em uma corretora independente, conhecer um pouco de Renda Fixa e Renda Variável e entender os tipos de riscos, está quase na hora de aportar seu capital.
E para isso, você precisa montar sua carteira de investimento.
A diversificação da carteira não é apenas para conseguir direcionar diferentes aplicações que tenha liquidez alinhada com os prazos de suas metas, mas também para não deixar todos os ovos na mesma cesta.
Perfil de risco. Saiba mais para investir seu dinheiro!!
Visando minimizar o risco e adequar os produtos financeiros ao investidor, ao abrir sua conta na corretora, o novo cliente preenche um questionário obrigatório para analise do perfil de risco, podendo ser classificado como:
– Conservador – Não aceita perder dinheiro.
– Moderado – Aceita correr um pouco mais de risco em busca de uma rentabilidade melhor.
– Arrojado – Aceita perdas relevantes em busca de grandes ganhos.
Importante: Você pode mudar seu perfil de investimento ao longo de tempo.
Conforme for obtendo mais conhecimento sobre o mercado, você pode se sentir mais preparado a correr um pouco mais de risco.
Podendo progredir, por exemplo, de um perfil conservador para um perfil moderado.
Conhecendo e respeitando o perfil definido, é hora de começar a montar sua carteira.
Cada pessoa tem um perfil, metas e prazos de liquidez diferentes.
E isso sempre deve ser levado em consideração de como começar a investir o seu dinheiro.
E por isso cada carteira de investimento é única.
Porém, existe um objetivo que deve estar no planejamento e de todos:
A importância da reserva de emergência para investir seu dinheiro.
A Reserva de Emergência, como o próprio nome já sugere, trata-se de um capital para ser utilizado em um momento de emergência.
Por exemplo:
Alguém da sua família ficou doente e precisou de remédios caros, ou então você ficou desempregado (a) e precisa de dinheiro para suas despesas básicas de sobrevivência até iniciar uma nova fonte de renda.
Trata-se de um montante que tem que estar disponível para ser utilizado diante de acontecimentos inesperados.
Evitando assim que no momento do imprevisto você não precise recorrer a empréstimos bancários com juros altíssimos.
Não há uma regra para o valor que deve ser alocado na sua reserva.
Mas o ideal é que você tenha um montante que te ajude a arcar com as despesas no momento da emergência durante um período de tempo, e que esse tempo seja o suficiente para que você consiga se reestruturar.
Geralmente, é recomendado que sua reserva de emergência seja composta pelo montante aproximado de seis meses do custo de vida.
Aproveitando que a Reserva de Emergência está na meta de qualquer investidor.
Independente do perfil, ela é um ótimo exemplo de como se deve adequar objetivo e prazo ao melhor produto financeiro.
Por ser um capital que precisará ser resgatado em um momento imprevisto, precisamos que ele tenha o menor nível de risco possível.
O investidor deve tá preparada em como começar investir seu dinheiro e considerar a reserva de emergência algo primordial.
Riscos
Pensando no Risco de Liquidez, é necessário optar por um investimento que tenha alta liquidez.
Assim o investidor não encontra dificuldade em liquidar na data que necessita.
Analisando o Risco do Mercado, o ideal é que o investidor busque um produto com liquidez diária.
Evitando que no momento da emergência, o capital esteja aplicado em ações que está desvalorizada pois o mercado oscilou.
Uma boa opção é alocar o capital para reserva de emergência no Tesouro Selic ou algum CDB com liquidez diária, produtos que atendem tanto o prazo quanto a rentabilidade para a meta de Reserva Emergencial.
E assim como fizemos com a Reserva, o investidor deve distribuir o seu capital adaptando suas metas ao seu perfil de risco.
E com os produtos financeiros que trarão a rentabilidade e o prazo de liquidez desejado.
Conforme for adquirindo conhecimento do mercado, o investidor vai rebalanceando sua carteira, adequando-a a seus novos objetivos.
E talvez seja exatamente nesse momento que ele deixa de ser um investidor conservador que não aceita perder dinheiro e passando a ser um investidor arrojado, que busca melhor investimentos e entendem que as melhores rentabilidades estão nas aplicações de longo prazo.
Espero que você tenha aprendido como investir seu dinheiro, siga nossas redes sociais e aprenda mais.
(Esse artigo em nosso site, atribuímos grande parte da autoria a Newsletter do Jovens de Negócios) Fonte: https://jovensdenegocios.com/
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